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O conto, por alguma semelhança estrutural à tragédia grega, remete-nos à Poética, de Aristóteles, em que o filósofo, a partir da observação do que já existe, estabelece as duas unidades clássicas, transformadas em três, no Renascimento, que são: unidade de tempo, de espaço e unidade de ação. Ora, Machado nem sempre se utiliza das unidades de tempo e espaço, contudo, utiliza-se rigorosamente da unidade de ação. Ou seja, o conto não admite mais de um drama e seu desenvolvimento. Os elementos onde ou como são optativos, a unidade de ação não é. 

 

Mas a que vem tudo isso? Neste prefácio, busca-se estabelecer a filiação literária de Rita Elisa Sêda, seus procedimentos narrativos. E é, como já se encontrava no maior clássico do conto em nosso país, a ação que se torna indispensável no que se pode ler no livro Passagem, de Rita Elisa Sêda. Unidades de tempo e de espaço podem eventualmente acontecer, ou não. Não são obrigatórios. 

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Entremos em alguns dos contos. A bênção, como os demais, é precedido por uma epígrafe com alguma alusão ao tema. O estilo coloquial dá certa agilidade à narrativa em que a narradora protagonista cria um mistério de rejeição, ao mesmo tempo em que humaniza entidades celestes que coabitam com os seres humanos, podendo-se classificar o conto como Realismo Mágico e um dos ingredientes importantes é o sentido do milagre e a revelação final das razões da trama.

                                                                                                 - Menalton Braff-

 

 

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PASSAGEM ou devo dizer TRANSIÇÃO - Rita Elisa Sêda

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